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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quando o Homem é Egoísta e VIOLENTO!


 “Olá Dr. Alexandre! Vou ser bem direta. Sou separada tenho 38 anos e um casal de filhos com idades de 15 e 7 anos e me envolvi com uma pessoa cinco anos mais nova do que eu. A princípio, eu achava, eu queria acreditar que tudo estava caminhando bem apesar de perceber que éramos muito diferentes, o que não me convenceu a desistir dessa relação uma vez que eu estava a um ano e nove meses separada e bastante isolada. Percebi que ele tinha um ciúme exagerado mas, mesmo assim, não me convencia de que deveria terminar a relação. Carente, sozinha, com a auto estima super baixa e sem amigos, me acomodei pois via nessa relação a oportunidade de um recomeço. Comecei a sair, conheci novas pessoas e assim fizemos um ano de namoro.

Nos três últimos meses o comportamento foi ficando muito obsessivo. O ciúme aumentado e o meu distanciamento foi acontecendo. Já não participava do tradicional futebol dele, nem das rodinhas de boteco. Não tinha mais prazer em acompanhá-lo. O que me prendeu a ele foi a cama o único lugar onde nos dávamos bem. Exatamente faltando três meses antes de terminar o namoro, ele pulou o muro da minha casa e iniciou uma tremenda confusão em plena madrugada querendo entrar em casa e acabou quebrando o vidro da minha porta. A relação se desgastou muito. Perdi a confiança terminei com ele mas, mesmo assim acabei cedendo e voltando pra essa relação até que num dia, depois de festa da família dele, nos despedimos e no caminho de casa parei para conversar com um amigo. O meu ex-namorado me ligou e perguntou onde eu estava. Respondi e em menos de cinco minutos ele estava lá me mandando ir embora e respondi que não. Ele me agrediu com três tapas na face e um soco na boca do estômago. Bom, hoje já se completaram dois meses que esse fato aconteceu. Ele não só me aterroriza quanto as pessoas que andam comigo, principalmente amigos. Já o vi me seguindo, ele já me ameaçou tanto pessoalmente quanto por mensagens no celular.Tenho lido matérias a respeito da psicopatia e não tenho dúvidas de que ele seja mais um. A ausência de culpa dele e inacreditável. Tudo ele justifica como se a culpada fosse eu. Não suporto mais essa situação. Ele persegue qualquer pessoa que ande comigo e percebo que essas pessoas estão se afastando de mim em função dessa pressão. Tenho medo de denunciá-lo. Não é essa minha vontade. Mas não sei o que fazer. Ele já tem um caso passado de tentativa de homicídio contra um ex namorado da ex mulher dele. Preciso de seu aconselhamento. Meu problema foi perceber tudo e querer cuidar dele.”

Caríssima,

Realmente há uma diferença entre psicopata e sociopata, mesmo que ambas sejam distúrbios de personalidades antissociais, o que aparentemente não é o caso do seu  ex.

Em realidade o que mais me parece é que ele é violento e desequilibrado, por conta do forte egoísmo e talvez pela forma que você conduziu esse relacionamento.
Explico: de alguma forma ele acredita que você ainda lhe deve algo: satisfação, explicação ou cama.

Uma pena que a gente se deixe levar e não ouve a intuição, provavelmente lá atrás você já soubesse que não daria certo e mesmo assim continuou.

Nossas carências não podem ser maiores que nosso amor próprio, nosso discernimento e dignidade!

Veja, você tem que avaliar a possibilidade de sim, denunciá-lo, uma vez que houve violência, agressão física. Essa é uma forma de afastar essas pessoas que podem te fazer um mal maior.

Nós somos donos das nossas escolhas e claro responsáveis pelas consequências.

Temos obrigação de nos preservar e não comprometer a vida dos que nos rodeiam.

Você ainda tem amigos e filhos, conte com eles e não deixe que se afastem.

Boa Sorte!

Alexandre Santucci
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Publicado no SeR em 20 de Outubro de 2011 14:56

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