"Não
consigo desapegar do passado...Explico: namorei quase 6 anos com um rapaz e quando
resolvemos terminar,descobri que estava grávida. Mas mesmo assim ele não quis
saber e nem voltou atrás e logo apareceu com outra,provavelmente já estava "engatilhado"
antes de terminarmos. Tentei voltar,ele até ficou balançado, mas não quis.
Entre tapas e beijos já se passou um ano,nossa filha nasceu, nossos laços não
se desfazem, mesmo ele deixando claro que vai casar com a outra. Mas eu me
sinto muito ligada a ele ainda, a ponto de ter receio de mostrar que estava
saindo com uma outra pessoa. Poxa,mas ele também não colabora,age como se fosse
meu dono, me dando
"conselhos"
sobre como agir, como fazia como éramos namorados. Tá certo que sou eu que
permito, mas o que fazer?"
Como diz o comercial:
DESAPEGA
MENINA!
Veja bem, vocês construíram um vínculo que vai
perdurar.
A vida toda vocês devem estar ligados, unidos pelo
nascimento da filha de vocês. No entanto, você tem que perceber que vocês tem
um vínculo e não um relacionamento amoroso, é esse posicionamento que fará toda
a diferença.
Se comportar como a noiva abandonada no altar não
vai te deixar numa posição segura e nem dará guarida ao seu sentimento.
É hora de entender que sentimento é esse. De
abandono, de despeito ou um amor maldito? Por que gostar de quem não gosta da gente
é, no mínimo, perverso contra si mesmo.
Pelo seu relato seu relacionamento com o pai da sua
filha acabou, me refiro ao amoroso e não por acaso amor e amigo tem a mesma
raiz. Não há nem amor de relacionamento nem de amizade; assim a hora é de
estabelecer o novo funcionamento desta relação, deste vinculo, que é o de Mãe e
Pai - Separados.
Como fazer? Exercite o hábito de dirigir ao Pai da
sua filha, como o pai da sua filha.
Determine esse limite, se não há mais espaço nem
para a amizade, trate essa relação não com dureza, isso não é necessário, mas
com propriedade, com assertividade. Converse o necessário e o que diz respeito
ao que ainda tem em comum.
Ele não precisa saber se você está ou não namorando,
a não ser que e esse fato tem a ver com o seu relacionamento amoroso e com sua
filha, que também é dele. Ele tem o direito de saber que está convivendo
intimamente com a filha e só. Você não deveria dar a chance dele opinar sobre
as suas escolhas ou ações, essa fase acabou, encerre.
Parece complicado, mas é bem mais simples que você
pensa, fecha essa porta, ela está no passado e passado não anda.
Fique bem e seja feliz!
Alexandre
Santucci
Sigilo: seu nome não será
publicado.
Publicado no SeR em 28 de Março de 2012 01:32
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