eu nunca quis saber das
experiências sexuais dele, até porque eu achava que nós dois tínhamos perdido a
virgindade juntos. Naquela noite fiquei de bico com ele, mas lá pelas tantas eu
comecei a fazer uns carinhos e fizemos um amor delicioso, quase um sexo
violento, mas muito gostoso. Tanto é que ele disse que ia sempre me fazer ciúmes
para ter uma noitada daquelas de novo. Depois daquela noite, fazemos amor todo
dia, muitas vezes pela manhã e
de noite também. Estou no paraíso e no inferno ao mesmo tempo. Paraíso porque
estou me realizando, fazemos amor com muito prazer, com direito a bolinhas de óleo,
óleos vaginais, óleos comestíveis, calcinhas bem eróticas, enfim estamos muito bem.
O meu inferno é uma fulana que trabalha com ele, que faz quase o mesmo caminho,
pediu uma carona e ele não negou.
Quando penso ele parando o carro para a talzinha entrar eu quase morro, meu coração dá uns pulos, fico com o peito apertado, choro muito. Ele disse que não tem nada haver, que ela é noiva vai casar daqui a dois meses, é evangélica, quero que ELA vá para o inferno. Meu marido diz que é para não deixar isso virar doença. Acho que já é uma doença. Ontem a fulana ligou a cobrar para o celular do meu marido para avisar que ia se atrasar. Eu chorei muito, e hoje eu o intimei e disse para inventar uma desculpa qualquer para não dar mais carona. Até agora ele não me disse nada se falou ou não, mas eu peguei o numero do celular dela e se ele não falar com ela hoje que é sexta feira, até domingo eu ligo e vou ter uma conversinha com a tal.
Isso tá acabando comigo. Pode uma coisa dessas?
Depois de anos de casada descobri que amo meu marido de paixão e que sou muito ciumenta."
Quando penso ele parando o carro para a talzinha entrar eu quase morro, meu coração dá uns pulos, fico com o peito apertado, choro muito. Ele disse que não tem nada haver, que ela é noiva vai casar daqui a dois meses, é evangélica, quero que ELA vá para o inferno. Meu marido diz que é para não deixar isso virar doença. Acho que já é uma doença. Ontem a fulana ligou a cobrar para o celular do meu marido para avisar que ia se atrasar. Eu chorei muito, e hoje eu o intimei e disse para inventar uma desculpa qualquer para não dar mais carona. Até agora ele não me disse nada se falou ou não, mas eu peguei o numero do celular dela e se ele não falar com ela hoje que é sexta feira, até domingo eu ligo e vou ter uma conversinha com a tal.
Isso tá acabando comigo. Pode uma coisa dessas?
Depois de anos de casada descobri que amo meu marido de paixão e que sou muito ciumenta."
Caríssima,
é muito importante conversas francas no casamento, principalmente num de 22
anos; no entanto, parece que o efeito dessa revelação de seu marido disparou um
mecanismo ligado a sua auto-estima. Analisando seu relato parece que ao te
contar de uma outra mulher, o que te reavivou é sua imagem e agora o instinto
de rivalidade de comparação, de competição. Entendo que possa até parecer algo
comum para as mulheres, mas não é uma atitude de sabedoria. A melhor resposta
vocês estão dando, que é serem felizes em seu casamento.
Porém, veja bem o que acendeu essa chama, abriu a porta para algo
indesejado. A lição desse episódio nos mostra que algo que não é legal para os
dois não pode ser combustível para o bem comum. A experiência de seu marido te
causou insegurança e na sua fuga você correu para ele, como se instintivamente
sua resposta fosse:"não quero te perder" ou "você é meu e ninguém
tira", de uma certa maneira vocês desequilibraram seu relacionamento, ele
sente que te deve e você está insegura.
Vocês podem se amar loucamente sem que a culpa e a insegurança
permeiem essa relação. Não é paixão, é amor, e não é ciúmes, é
segurança.
Converse com seu marido, estabeleçam a segurança, o respeito e o
carinho, se perdoem e decidam ser felizes pelo amor um do outro e você verá que
esse ciúme se esvaziará.
Alexandre Santucci,
Psicólogo
Envie suas perguntas para SeR no divã (sernodiva@gmail.com), seu nome não será publicado.
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publicado no SeR em 04 de Outubro de 2009 22:03